sábado, 21 de fevereiro de 2009

Justiça cassa mandato de prefeito e vice de Figueiredo



Emerson QuaresmaEspecial para A CRÍTICA
A onda de ações eleitorais contra prefeitos do interior do Estado deu início a dança das cadeiras nas prefeituras.
Por ter dado R$ 70,00 a um cidadão, e mais dez sacos de trigo, o prefeito do Município de Presidente Figueiredo (a 107 quilômetros de Manaus), Fernando Vieira (PR), e seu vice-prefeito, Vicente Limão (PSB), tiveram os diplomas cassados, ontem, pela juíza do Cartório Eleitoral do município, Careen Aguiar Fernandes, por crime de captação ilícita de sufrágio.
O autor da ação contra Fernando Vieira foi o segundo colocado no pleito do ano passado, Romero Mendonça (PPS). A Câmara Municipal de Presidente Figueiredo ainda vai agendar a data da posse de Romero. Enquanto isso, o presidente do Legislativo, vereador Simão Pacheco (PR), assume o comando da cidade.
Recurso:
O secretário de comunicação do município, Evanilson Cordeiro, o Nito, disse que Fernando Vieira veio para Manaus para dar entrada no pedido de liminar para suspender os efeitos da sentença. "Não tem consistência o que eles (autores da ação) estão alegando", avaliou Nito. Até o final da tarde de ontem não havia nenhum registro de recurso de Vieira na secretaria judiciária do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM).
"Acreditamos que houve abuso de poder econômico. Tenho outra ação contra o ex-prefeito correndo na Justiça eleitoral de Figueiredo", declarou Romero Mendonça. "Meu advogado desceu à (Presidente) Figueiredo para ter acesso (a sentença) e depois tomaremos as providências. Agora, para assumir temos que ter conhecimento do teor da sentença, e em função disso esperar a diplomação".
Troca rápida:
Outro caso de mudança no comando das prefeituras do interior é do Município de Juruá (a 737 quilômetros de Manaus). Anteontem, o prefeito Edezio Ferreira da Silva (PMDB), que teve o diploma cassado na semana passada por prática de crime eleitoral, conseguiu voltar ao cargo por força de liminar concedida pelo juiz eleitoral do TRE, Francisco Maciel. O segundo colocado no pleito, Tabira Ramos Dias Ferreira (PTB), nem conseguiu esquentar na cadeira de prefeito de Juruá. Foi destituído três horas após ter tomado posse, na última quinta-feira. Segundo o juiz substituto da comarca de Juruá, Cid da Veiga, a decisão judicial restabelece o estado anterior, sem a necessidade de dar nova posse a Edezio Ferreira da Silva.
Ele deu entrada no pedido de liminar no Tribunal Regional Eleitoral para suspender os efeitos da sentença.

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